O candidato Marçal Damião apresenta suas propostas eleitorais no âmbito empresarial

Publicado em 28/10/2020

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Marçal Damião, candidato à Prefeitura Municipal pelo Solidariedade, tem como vice, Professor Edson do Podemos. Juntos formam a coligação: Mais por você. Mais por Mogi Guaçu. O candidato é metalúrgico e atuou durante 30 anos no sindicato de sua categoria. Marçal sempre teve atuação na política, e em 2004 tornou-se vereador para o mandato de 2005 a 2008. E foi vice-prefeito duas vezes, primeiro com Dr. Paulinho e depois com Walter Caveanha.

Veja abaixo as propostas do candidato ao empresariado guaçuano:

Por que você quer se tornar prefeito de Mogi Guaçu?

Nosso discurso não é o da “mudança pela mudança”, mas sim pela necessidade de implantar um novo sistema de governar, que passa pela abertura de comunicação entre a sociedade e o governante. Afinal, quem deve estabelecer as prioridades não é o prefeito e sim a população.

É preciso reconhecer que nas últimas administrações houve um distanciamento entre o Poder Público e a população. Esse modelo de governar, concentrando decisões, não ouvindo a população, esgotou-se.

Decidi entrar nessa disputa para corrigir o que considero como uma distorção do que é governar um município. No meu entender, governar é ouvir a todos para poder estabelecer as prioridades. E essas prioridades jamais devem ser as que beneficiam o prefeito e seu grupo, e sim aqueles que ele representa.

Estudando números de órgãos governamentais, percebi que Mogi Guaçu não é líder na microrregião em vários setores, inclusive no poder aquisitivo da população. E isso é inadmissível para nosso município.

Quero ser prefeito para resgatar a importância econômica e social de Mogi Guaçu. Reduzir desigualdades, melhorar índices que elevam a qualidade de vida e deixar um legado para as futuras gerações. 

Quais são suas propostas para o empresariado guaçuano?

Abrir um canal permanente de comunicação, ouvindo e debatendo para encontrar a melhor solução para os problemas que o empresariado enfrenta. Nesse sentido, pretendemos criar uma agência de desenvolvimento vinculada diretamente ao Gabinete do Prefeito que além de ouvir as demandas do empresariado local, irá buscar novos empreendimentos para Mogi Guaçu, aumentando arrecadação e gerando emprego e renda. Além disso, ampliar as atuações do CEGEP, para que ele possa formar mais mão de obra qualificada.

Você pensa em quais políticas públicas para impulsionar o empreendedorismo em Mogi Guaçu?

Muitas vezes, há pessoas que desejam empreender, mas têm dificuldades para saber por onde começar e como desenvolver o seu negócio. Por isso, nossa proposta é utilizar a agência de desenvolvimento, citada na resposta acima, para oferecer esse apoio logístico aos empreendedores. Estabelecer um canal mais direto com o Sebrae é uma forma de colocar esses empreendedores em contato com especialistas que podem orientá-los no desenvolvimento de suas ideias. E ainda, dentro desse apoio logístico, buscar espaços que poderiam funcionar como incubadoras desses novos negócios.

Quais são suas propostas para o comércio guaçuano?

Uma de nossas principais propostas é corrigir um grave erro que identificamos na cobrança da água e que onera desnecessariamente os comerciantes, com maior peso para os pequenos e médios comércios. Não há justificativa para que o valor mínimo da água paga pelo comércio seja em torno de três vezes maior do que o cobrado nas residências. Portanto, no transcorrer do mandato, vamos igualar o valor da tarifa de água e esgoto cobrado do comércio aos níveis residenciais.

Queremos criar mais vagas de estacionamento com a abertura da rua Chico de Paula, Paula Bueno, Honório Orlando Martini e avenida Washington Luiz, por exemplo.

Outra proposta que temos é utilizar as margens do Rio Mogi Guaçu como polo gastronômico e turístico de forma sustentável, atraindo mais consumidores e criando novas vagas de emprego.

O projeto Cidade Inteligente vai oferecer conexão gratuita à internet em locais públicos, preferencialmente em áreas de grande concentração de pessoas e comércio. Também vamos buscar implantar o sistema de Zona Azul através de aplicativo por celular. Queremos ainda estudar a viabilidade de que o sistema fosse gerenciado pelas entidades assistenciais guaçuanas, o que iria auxiliá-las financeiramente, já que passam por momento extremamente delicado.

Um problema enfrentado hoje pelo comércio e consumidores é a ausência da Secretaria de Promoção Social para atuar no atendimento a pessoas em situação de rua. 

Quais estratégias você utilizaria para melhorar os distritos industriais da cidade?

Nosso projeto é executar a infraestrutura física que falta hoje. Sabemos que há ruas sem asfalto, com pavimento deteriorado e sem coleta de esgoto. Também há deficiência na coleta de lixo. Estes são alguns dos problemas para os quais iremos oferecer solução.

Como você aumentaria os espaços disponíveis para a construção de indústrias em nosso município para estimular a instalação de mais indústrias?

O primeiro passo será fazer um levantamento das áreas ociosas dos distritos industriais que não cumprem a função de gerar riqueza, emprego e renda. Ao mesmo tempo, buscar a criação de novos distritos industriais por ação direta do poder público ou em parceria com investidores privados.

Quais são seus planos para aumentar a segurança dos comércios do centro?

Vamos implantar um monitoramento por câmeras de alta definição nos pontos de maior concentração comercial e melhorar a eficiência da iluminação pública. E ainda melhorar o patrulhamento pela Guarda Municipal nas áreas de maior concentração de comércio, prestação de serviço e indústrias, o que representa segurança para as atividades econômicas e para a população.

O comércio de rua precisa de mais estrutura. Você tem algum projeto neste sentido? Discorra sobre ele.

Toda a atenção será dada ao comércio em geral, independentemente de sua localização, no que se refere à segurança, infraestrutura de estacionamento e facilidade de locomoção de pedestres, através de rotas acessíveis. Haverá enfoque especial para manter a comunicação entre a Acimg e a Agência de Desenvolvimento Econômico, que será criada em nosso governo, junto ao Gabinete do Prefeito, para atender as demandas do setor.

O comércio de bairro é muito forte em nossa cidade, você tem projetos para esta importante alavanca da economia municipal?

O atendimento citado nas questões anteriores reporta-se também aos polos comerciais localizados fora da área central. A melhoria que pretendemos implantar nos bairros, com infraestrutura urbana, tem também como objetivo fomentar atividades econômicas, gerando emprego e renda.

Você tem algum plano para a mobilidade urbana em relação ao tráfego?

 Melhor manutenção nas vias urbanas, viabilização de aumento de vagas de estacionamento de veículos, manutenção de praças, não esquecendo a atenção à circulação de pedestres. Outra proposta é adotar padronização de calçadas para que se tornem acessíveis, bonificando, através de legislação própria, aqueles que aderirem ao projeto. Nosso objetivo também é melhorar o transporte público e dotar todos os pontos de cobertura e bancos.

Sobre o autor

Viviane dos Santos Lucio

A história da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu começou a ser escrita em 1958, por iniciativa de um grupo de empresários locais. A ideia de criar a entidade com este perfil, foi do empresário Euro Albino de Souza e logo ganhou apoio dos empresários Acácio de Oliveira, Luiz Mesquita Fialho e Francisco Martini – homens à frente de seu tempo.