Conheça as propostas do candidato Marcelo Costa no âmbito empresarial em Mogi Guaçu
Publicado em 29/10/2020
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Marcelo Costa, candidato à Prefeitura Municipal pelo PT, tem como vice, Victor Alves do PSOL. Juntos formam a coligação: Revoluciona Guaçu. O candidato tem graduação em Pedagogia pela Unicamp e especialização em Psicopedagogia Institucional e docência do ensino superior, além de formação técnica em Segurança do Trabalho e Meio Ambiente pelo Centro Paula Souza, ETEC Pedro Ferreira Alves. Trabalhou na indústria automotiva, no SAMAE como Técnico em Segurança do Trabalho de 2004 a 2006. Atualmente é bancário no Banco do Brasil e oriundo do extinto Banco Nossa Caixa.
Veja abaixo as propostas do candidato ao empresariado guaçuano:
Por que você quer se tornar prefeito de Mogi Guaçu?
Em primeiro lugar para mostrar à cidade que é possível governar de modo diferente do que vimos nos últimos quarenta anos, pelos olhos dos que mais precisam do poder público.
Mogi Guaçu precisa experimentar um governo que saiba colocar os mais pobres no orçamento, que tenha a visão de projetar os pontos positivos da cidade afim de trazer novos investimentos, e essa visão só virá com um projeto democrático e popular que nós da coligação Revoluciona Guaçu representamos.
Quais são suas propostas para o empresariado guaçuano?
É preciso realizar políticas que fortaleçam a criação de Micro e Pequenas Empresas, de associações e cooperativas com apoio técnico e formação profissional, ações necessárias para o sucesso dessas iniciativas, dessa forma creio que a administração municipal deve criar e manter um comitê permanente de discussão com o empresariado, principalmente nesse período de crise econômica provocada por um governo federal ineficiente e pela pandemia que nos colocou em um espiral negativo.
Você pensa em quais políticas públicas para impulsionar o empreendedorismo em Mogi Guaçu?
Apoiar de maneira efetiva o Espaço Empreender, excelente projeto da ACIMG, que necessita de suporte do poder público para que seja colocado em funcionamento de modo a atender as necessidades do empreendedor guaçuano. Facilitar os trâmites legais que são de responsabilidades do ente municipal. Criar uma incubadora de empresas, em parceria com entidades de fomento, para auxiliar novos empreendedores.
Quais são suas propostas para o comércio guaçuano?
Fazer uma campanha maciça de incentivo ao consumo no comercio local, propagando as vantagens de se manter o dinheiro circulando na própria cidade gerando além de emprego e renda, impostos que serão revertidos para as necessidades do cidadão guacuano.
Quais estratégias você utilizaria para melhorar os distritos industriais da cidade?
Primeiro passo é equipar de modo eficiente todos os distritos, com infraestrutura adequada para seu funcionamento: água, esgotamento sanitário, estação de tratamento de efluentes específica para os distritos industriais e setorizar os distritos já existentes, favorecendo a logística.
Segundo passo é fazer um mapeamento das áreas sem aproveitamento e se necessário, e possível juridicamente, pedir a reintegração da área para uma destinação a um projeto mais adequado.
Como você aumentaria os espaços disponíveis para a construção de indústrias em nosso município para estimular a instalação de mais indústrias?
Na intervenção acima cito a condição de reavaliar áreas cedidas sem o devido aproveitamento, superada essa etapa faz-se necessário um processo de “venda” das qualidades da cidade para que novos investidores “descubram” a cidade. Mogi Guaçu tem um potencial logístico extraordinário, além de contar com potencial humano acima da média regional, hoje falta empenho ao poder público municipal de se colocar como interlocutor com o capital produtivo afim de atrair esses investimentos.
Em contrapartida é necessário pensar em novas áreas industriais com potencial de receber investimentos, negociar com o governo do Estado áreas que não sejam de preservação, principalmente nas zonas distritais como Martinho Prado, é uma prioridade para um eventual governo nosso.
Quais são seus planos para aumentar a segurança dos comércios do centro?
Aumentar o efetivo da Guarda à disposição de patrulhamento preventivo, junto com a Policia Militar, que já prestam um serviço de qualidade, mas é necessária uma efetiva ação coordenada dessas duas forças.
Montaremos uma ação efetiva para o Centro Integrado de Monitoramento das áreas mais sensíveis da cidade, auxiliando não só o comércio, como a população em geral, existem vários exemplos que podem servir de norte para a implementação de projeto.
O comércio de rua precisa de mais estrutura, você tem algum projeto neste sentido? Discorra sobre ele.
Tenho objetivo de melhorar a infraestrutura do centro, onde ainda se concentra grande parte das lojas do comércio de rua da cidade, melhorar o calçadão da praça Rui Barbosa, instalar base descentralizada da GCM (Guarda Civil Municipal) para um patrulhamento preventivo efetivo, além de promover em parceria com os comerciantes campanha de reaquecimento do comércio local.
Com as novas praças tanto de shopping, quanto dos centros comerciais descentralizados as lojas tradicionais perderam parte de seu potencial, mas como empregam grande parte dos trabalhadores do setor do comércio, o poder público municipal tem a obrigação de traçar um plano de desenvolvimento conjunto para o setor, dessa forma me comprometo a realizar essa parceria.
O comércio de bairro é muito forte em nossa cidade, você tem projetos para esta importante alavanca da economia municipal?
As medidas citadas acima cabem para o comércio descentralizado, ainda sendo necessário uma maior presença do poder público municipal, no que tange as melhorias da infraestrutura das vias públicas e das praças onde se localizam parte considerável das lojas dos bairros, proponho também a construção de base descentralizada da GCM, nos moldes da citada acima, com a finalidade de aumentar a percepção de segurança.
Você tem algum plano para a mobilidade urbana em relação ao tráfego?
Uma das condições primordiais para uma boa qualidade de vida nas cidades, é evitar que as pessoas despendam parte considerável do seu tempo em deslocamentos, geralmente com baixo nível de conforto e em ambientes muito poluídos. Uma das consequências da expansão desordenada das cidades é o descolamento excessivo entre os locais de moradia e de trabalho, atingindo principalmente a população mais pobre, que utiliza o transporte coletivo, mas não só ela.
Para vencer o desafio da mobilidade urbana, é necessário estabelecer novas diretrizes de planejamento que visem à construção de uma cidade mais compacta, conectada e coordenada. É preciso, ainda, alterar a prioridade dos investimentos em transporte individual motorizado, especialmente automóvel, para o transporte coletivo. Além de incentivar o deslocamento a pé em curtas distâncias e o uso de bicicleta.
Mogi Guaçu necessita de um projeto gestor que renove as vias públicas com recursos vindo do governo federal, já que seria um enorme investimento.
Vamos elaborar um novo plano de trânsito municipal privilegiando as vias de acesso rápido e o trânsito de pedestres e bicicletas, além de um projeto para a competição mais coerente no transporte público.
Sobre o autor
Viviane dos Santos Lucio
A história da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu começou a ser escrita em 1958, por iniciativa de um grupo de empresários locais. A ideia de criar a entidade com este perfil, foi do empresário Euro Albino de Souza e logo ganhou apoio dos empresários Acácio de Oliveira, Luiz Mesquita Fialho e Francisco Martini – homens à frente de seu tempo.