A indústria brasileira comemora mais um ano
Publicado em 25/05/2017
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Hoje é o Dia da Indústria, segmento de fundamental importância para a economia global. Apesar de o Brasil estar passando por um momento de turbulência econômica e política, a indústria continua sendo uma das válvulas propulsoras que fazem a economia girar.
Segundo o Icei (Índice de Confiança do Empresário Industrial), pesquisa divulgada no último dia 19, pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), a confiança dos empresários aumentou 0,6 ponto, alcançando 53,7 pontos. Este cenário de confiança pode aumentar de acordo com a retomada do crescimento do mercado industrial.
O setor industrial é muito forte em Mogi Guaçu e emprega habitantes tanto da cidade quanto da região. De acordo com o Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a participação da indústria guaçuana foi de R$ 802 milhões, crescimento de 207 por cento dentro de 10 anos.
A ACIMG tem 123 indústrias, entre as empresas associadas, nos segmentos que produzem; produzem e comercializam; produzem, comercializam e prestam serviço; produzem e prestam serviços.
Um pouco de história
O dia 25 de maio é considerado o Dia da Indústria pois, foi nesta data que morreu seu patrono, Roberto Simonsen.
A recente história da indústria nacional ganha projeção por diversos fatores, no fim do século XIX, dois deles são decisivos: o Crash da Bolsa de Nova Yorque, nos Estados Unidos e a consequente Quebra da Bolsa do Café, no Brasil.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a queda na venda de café, a necessidade do mundo e do Brasil em consumir produtos manufaturados, empurram o país para esta produção.
O café deixou de ser o carro chefe da economia brasileira. Assim, toda a estrutura utilizada para o transporte deste produto, foi transferida para a produção industrial, que consistia em produção têxtil, alimentícia, calçados, de sabão e velas.
A queda do café foi responsável pelo êxodo rural que inflou a população urbana dos grandes centros, e com isso, a indústria foi impulsionada a suprir a nova demanda de consumidores, produzindo bens que empregavam pouca tecnologia.
Assim, a indústria nacional ganha projeção nos governos de Getúlio Vargas (1930-1945) e Juscelino Kubitschek (1956-1960). Vargas dá o primeiro passo: regulamenta o mercado de trabalho, cria medidas de proteção e investe em infraestrutura, na indústria nacional. Cria a Petrobrás em 1953 e, a partir daí, novas oportunidades para derivados de petróleo se abrem: mercado de borracha sintética, plásticos, tintas. Kubitschek abre o país para empresas internacionais, como as montadoras de veículos: Ford, General Motors e Volkswagen.
O ciclo industrial passa por oscilações nas décadas seguintes e hoje produz uma infinidade de produtos manufaturados, tecnológicos e inovadores – que são desenvolvidos tanto por empresas tradicionais, quanto por promessas inovadoras, como startups.
Sobre o autor
Alberto Spoljarick Neto
Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.