Pequenas e médias empresas representam metade do pelotão de inadimplentes

Publicado em 05/11/2014

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As empresas brasileiras, a maioria pequenas e médias (PMEs), enfrentam, neste segundo semestre, período recorde de inadimplência, de acordo com levantamento realizado pela Serasa Experian. De um total de 7 milhões de empresas brasileiras, 3,6 milhões tinham dívidas em atraso no mais recente levantamento, de julho passado. Dessas, 91% são pequenas e médias, com faturamento de até R$ 4 milhões por ano. Outro levantamento, conduzido em abril, desta vez pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), já indicava que a perda de fôlego financeiro dos consumidores estava atingindo as PMEs. Uma em cada dez pequenas e médias empresas consultadas informou ter alta inadimplência, com taxa acima de 10%, considerando os atrasos de pagamento acima de 90 dias. Isto é, de cada R$ 100 que a empresa tinha para receber dos clientes, R$ 10 não entravam no caixa num prazo superior a três meses. O levantamento da Boa Vista SCPC, realizado em várias regiões do Brasil, revelou também que 24% das PMEs registravam uma inadimplência de “baixa a considerável”, de 3% a 10%, enquanto 34% das empresas tinham “baixa inadimplência”, isto é, inferior a 3%. Uma inadimplência de 10% é considerada bastante elevada, com forte impacto na diminuição do capital de giro das empresas. “Isso faz com que o empresário vá buscar recursos nas instituições financeiras, nas factorings, criando dificuldade para o seu fluxo de caixa no dia a dia”, afirma Juan Perez, diretor executivo comercial da Boa Vista SCPC. O aumento de custos, como juros e salários, e a queda no consumo complicaram a situação financeira dos empresários, na avaliação da Serasa Experian. Consultores do Sebrae-SP destacam ainda que a falta de planejamento para receber de clientes e pagar os fornecedores pode ser uma causa importante dessa inadimplência histórica, mais até do que as condições macroeconômicas, como a redução de vendas. Eram 3,28 milhões de empresas inadimplentes em julho de 2013 ante 2,99 milhões no ano anterior. Em dois anos, portanto, o número de empresas com dívidas em atraso cresceu 20%. A pesquisa da Serasa identificou que 50% das dívidas das 7 milhões de empresas eram com fornecedores e credores –geralmente instituições financeiras. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.