A crise econômica desanimou tanto o consumo que o faturamento das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo já desabou. O resultado de outubro é 20,9% menor do que no mesmo mês do ano passado, de acordo com a pesquisa Indicadores Sebrae-SP. A piora no mercado de trabalho, o aumento do desemprego e a queda real da renda são as principais âncoras desses números. Em outubro, a receita total das MPEs alcançou R$ 49 bilhões – R$ 13 bilhões a menos do que no ano passado. No acumulado do ano, a queda na receita real (descontada a inflação) é de 13,1%. “Infelizmente, as perspectivas de recuperação da economia em 2016 não são otimistas. Será mais um ano em que as micro e pequenas empresas deverão trabalhar muito, apenas para contornar a crise”, afirma Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP. Para a maior parte das empresas deste porte, a expectativa para novembro era de estabilidade no faturamento nos próximos seis meses – 45% dos empresários esperam que o nível de atividade se mantenha em 2016. A maior parte da retração veio no setor de serviços, cujo faturamento encolheu 15,2% – no comércio, a queda foi de 12,6% e na indústria, de 9,2%. A despeito da queda no faturamento, as micro e pequenas registraram um aumento de 1,6% no total de pessoal ocupado em relação ao décimo mês de 2014. A folha de pagamento está 1,9% menor e o rendimento real (descontada a inflação) dos empregados encolheu 2,4%. Os MEIs também viram seu faturamento encolher 11,6% em relação a outubro. Esses, no entanto, estão mais otimistas – 47% esperam aumento do faturamento nos próximos seis meses. No entanto, 39% esperam piora na economia nos próximos seis meses. Diário do Comércio