Coronel Costa expõe suas propostas ao empresariado guaçuano
Publicado em 26/10/2020
Tempo de Leitura • 8 min
O entrevistado de hoje, Coronel Costa (Benedito Pereira Costa Júnior), é candidato à Prefeitura pelo PRTB, sua vice é Eunice Cremasco, da mesma sigla. O coronel estudou na Academia da Polícia Militar do Barro Branco. Voltou para esta cidade e fez estágio, e assim sua carreira seguiu. Hoje o coronel pleiteia o cargo de prefeito de Mogi Guaçu. Vamos ver abaixo por que ele quer se tornar chefe do Executivo e suas propostas para o empresariado guaçuano.
Por que você quer se tornar prefeito de Mogi Guaçu?
Porque me sinto um eleitor traído, me sinto um guaçuano, de certa forma, revoltado com essa atual administração municipal. Mogi Guaçu merece muito mais, consequentemente isso só vai vir com uma renovação desses políticos que estão aí no poder Executivo.
Quais são suas propostas para o empresariado guaçuano?
O empresariado guaçuano precisa ser ouvido, ele precisa participar das decisões do Poder Executivo. A primeira situação da nossa administração será trazer os empresários de Mogi Guaçu pra fazer parte de um conselho consultivo do prefeito municipal. Os empresários irão participar, deliberar, discutir todos os assuntos que estarão concernentes às decisões do prefeito municipal, essa é a primeira decisão. Segunda decisão: nós precisamos dar mais liberdade ao comércio. O comerciante e o empresariado precisam ter uma maior liberdade de atuação. A prefeitura precisa deixar de estar tolhendo as decisões. Se o empresariado deseja trabalhar até as 10 horas da noite, ele vai trabalhar até as 10 horas da noite. Se o empresariado deseja começar a trabalhar às cinco horas da manhã, ele vai começar às 5 horas da manhã. Não teremos datas específicas de Natal, Dia das Crianças, Dia das Mães. O que o empresariado desejar fazer, desde que seja comunicado ao Executivo Municipal, ele poderá realizar. E desde que ele cumpra todas as leis. Terceira: o empresariado precisa literalmente ter um incentivo. Este incentivo não é financeiro, fiscal ou qualquer gênero. Ele precisa estar incentivado a desenvolver e empreender em Mogi Guaçu. Essa é uma das decisões que precisamos estar sempre trabalhando em comum acordo. Poder Executivo e empresariado de Mogi Guaçu.
Você pensa em quais políticas públicas para impulsionar o empreendedorismo em Mogi Guaçu?
Primeiramente nós temos que fazer é com que o nosso jovem tenha realmente conhecimento do que é empreender. Hoje o jovem não tem a mínima noção de suas responsabilidades, quer administrativas, fiscais, responsabilidades sociais com seu empreendedorismo, isso em todas as áreas. Temos aqueles autônomos que às vezes não sabem nem como participar na abertura de uma empresa. Então nós vamos levar isso, empreendedorismo, para as escolas. Fazer o empreendedorismo começar nas escolas e depois ir, automaticamente, expandindo para toda a cidade.
Quais são suas propostas para o comércio guaçuano?
Como disse anteriormente, o comércio vai ter uma liberdade mais expandida, ele não vai ser tão vigiado, logicamente dentro de parâmetros realmente sob controle da Prefeitura. Mas nós vamos procurar fazer com que, aquela pessoa que tem a sua produção na cidade, ela tenha uma maior liberdade de comercializar esse produto. Vou dar o exemplo do produtor rural. Dificilmente ele consegue, seguindo toda essa legislação, às vezes colocar o seu produto, como por exemplo o produto lácteo no comércio. Ele vai ter um selo de qualidade, que vai permitir que ele faça esse comércio dentro da cidade. E os outros comerciantes, cada um na sua área, vai ter uma atuação bem mais aberta. Como eu disse anteriormente, se ele desejar abrir o comércio até mais tempo, ele vai abrir, não vai ter datas específicas, ele poderá fazer isso a qualquer tempo.
Quais estratégias você utilizaria para melhorar os distritos industriais da cidade?
Os distritos industriais têm que deixar de ser exclusivamente públicos. Se nós tivermos distritos industriais particulares, ou seja, com a participação público-privada, isso vai expandir de uma maneira muito rápida na cidade. Nós temos de deixar de estar só sob a tutela do poder público. Precisamos deixar o empreendedorismo industrial, ou aquelas pessoas que querem investir na cidade, que o façam. E uma dessas formas será exatamente nessa área, os distritos industriais terão de ser particulares e consequentemente isso já foi provado que é a melhor coisa que acontece. Em outras cidades isso foi muito bem aceito e expandido.
Como você aumentaria os espaços disponíveis para a construção de indústrias em nosso município para estimular a instalação de mais indústrias?
A instalação de indústrias não é tão simples como muitas vezes se pensa. Cada indústria terá que ter um tratamento diferenciado, mas não diferenciado em termos de mais vantagem ou menos vantagem. Porque tem empresas que necessitam de água, tem empresas que precisam de infraestrutura, tem empresas que necessitam de mão de obra. Então pra cada empresa terá um tratamento específico. Por exemplo, a empresa que vier, prestadora de serviço para a cidade e fizer todos os seus pagamentos de impostos em dia, ela poderá ter uma redução de até 50% de impostos. Isso para as empresas novas ou prestadoras de serviço já existentes. Tudo tem que ser analisado individualmente, cada empresa tem a sua necessidade.
Quais são seus planos para aumentar a segurança dos comércios do centro?
Aumentar a segurança do comércio do centro é pensar pequeno, é pensar muito localizado. Nós temos que pensar na segurança em ambiente macro, na cidade como um todo. Eu já vi pessoas falando de colocar câmeras na cidade inteira. Colocar câmeras por si só em nada resolve. A câmera exclusivamente não vai inibir, é necessário um trabalho conjunto máquina- homem, esse binômio tem que estar muito bem atrelado ao sistema de inteligência policial. Então é necessário que você tenha um sistema de monitoramento inteligente, o sistema CR; é necessário que você tenha pessoas trabalhando com esse sistema. E ao mesmo tempo você tem que ter um aparato policial, que vai dar o suporte policial, para que esse sistema seja literalmente atuante. Então a câmera, o sistema de inteligência policial e o serviço policial atuante. Isso não somente para o centro, é necessário para toda a cidade: Martinho Prado, Chácara Alvorada e todas as áreas, e também terão a participação público-privada. Ou seja, as empresas que desejarem colocar câmeras na frente, próxima ao seu condomínio residencial, na frente da indústria, poderão fazê-lo e automaticamente interligar no sistema de monitoramento municipal.
O comércio de rua precisa de mais estrutura, você tem algum projeto neste sentido?
Comércio de rua precisa literalmente de apoio, não adianta você fazer um comércio de rua e não dar um suporte, quer de segurança através da Guarda Municipal, quer com infraestrutura, por exemplo: banheiro, sinalização de solo, fiscalização da qualidade de barraca, tudo isso tem que vir acompanhado. O sistema do comércio de rua, o comércio ambulante, ele terá que ter literalmente uma fiscalização específica e um acompanhamento específico. Precisamos urgentemente fazer com que a infraestrutura do comércio ambulante, seja e atenda a cada uma dessas especificidades. Voltando, nós precisamos dizer que eles precisarão ser ouvidos para juntos decidir o que é melhor pra eles.
O comércio de bairro é muito forte em nossa cidade, você tem projetos para esta importante alavanca da economia municipal?
Comércio de bairro, automaticamente com toda essa infraestrutura sendo montada, ele vai ser beneficiado automaticamente com maior população circulando, um maior número de empregos sendo fornecido na cidade, mais indústrias. O cidadão com certeza vai preferir ficar próximo à sua região, com áreas de lazer e o consumo nessas regiões serão naturalmente fortalecidos com o incremento da população permanecendo ou facilitando que elas fiquem nessas regiões.
Você tem algum plano para a mobilidade urbana em relação ao tráfego?
O sistema de mobilidade urbana precisa ser repensado de uma maneira macro também, nós temos a construção das pontes que já estão previstas, e algumas até em construção. Porém, tem algumas que ainda não foram pensadas e precisam ser repensadas. Primeiro, a ponte que liga o Córrego dos Macacos à Bertioga, isso vai facilitar muito a mobilidade e vai evitar o congestionamento na área central. Outra, o acesso ao Ypê, deverá ser diretamente da rodovia ao bairro dos Ypês, aquela avenida que passa defronte à UPA. Se nós fizermos daquela avenida o acesso à rodovia, automaticamente nós vamos evitar muito essa concentração em poucas vias na área central e ao mesmo tempo, fomentar a utilização de transportes coletivos, como a moto express, o transporte particular de veículos e o transporte coletivo a uma maneira muito mais acessível, e que atenda as necessidades da população.
Sobre o autor
Viviane dos Santos Lucio
A história da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu começou a ser escrita em 1958, por iniciativa de um grupo de empresários locais. A ideia de criar a entidade com este perfil, foi do empresário Euro Albino de Souza e logo ganhou apoio dos empresários Acácio de Oliveira, Luiz Mesquita Fialho e Francisco Martini – homens à frente de seu tempo.