A ACIMG (Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu) entrou definitivamente para a categoria de entidade sustentável: aderiu à energia fotovoltaica, coleta seletiva e reúso de água. A energia solar e a água de reúso foram implantadas pela empresa ADS Soluções em Aquecimento e a coleta seletiva é feita pela Associação Cooper 3R. A presidente da ACIMG, Sonia Zanuto, comemora a realização dos projetos sustentáveis promovidos pela Associação, mais uma vez pioneira e um exemplo a ser seguido pelas empresas associadas: “É muito importante pensar no meio ambiente, na responsabilidade que entidades como a Associação tem em dar o primeiro passo em direção a causas importantes e também pensar no retorno financeiro que tanto a energia limpa, quanto o reaproveitamento da água e a coleta seletiva geram”, pontua. Energia Solar Energia fotovoltaica é um meio eficiente e limpo de produzir energia elétrica. Essa produção acontece por meio da capitação da radiação solar, que é produzida mesmo em dias nublados ou chuvosos. O sistema fotovoltaico é ligado à rede elétrica, a energia é produzida pelos painéis solares, e transformada pelo sistema, de maneira que possa ser usada na rede elétrica convencional. Segundo a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) o estado campeão em produção desta energia é a Bahia, que concentra 34% da produção. Os consumidores residenciais lideram o ranking de usuários com 42% do potencial instalado, comércio e serviços pontuam 38%, indústrias 11%, poder público 5%, e sistemas na zona rural somam 3%. Diante de todo o potencial solar que o país possui, a porcentagem de usuários ainda é muito pequena, a marca histórica do Brasil é 100MW de produção, sendo que a China, campeã mundial de geração fotovoltaica, produz 3GW. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o Brasil vai entrar para o ranking dos 20 maiores produtores de energia fotovoltaica em 2018, com 2,6GW de geração já contratada em leilões públicos. A ACIMG decidiu investir nessa energia renovável por três motivos: preocupação com o meio ambiente, as mudanças climáticas e a economia que esse investimento proporciona. De acordo com o superintendente da ACIMG, Adenilson Junior dos Reis, a economia alcançada é de 90%. O valor investido na instalação levará cerca de 5 anos para ser revertido. “Pensamos neste sistema primeiro pelo viés da consciência ambiental e depois pela economia proporcionada. Outro ponto importante é que a ACIMG se lança como pioneira para ser um modelo a ser seguido pelos associados, que vendo a economia alcançada, se programe para aderir à energia limpa”, comenta Reis. O sistema da ACIMG se enquadra em microgeração distribuída (sistema instalado em empresas e residências) com potência instalada de 25 kWp - a sigla quer dizer Watt de pico, ou seja, a máxima potência gerada pelo painel solar em condição ideal. Os créditos da energia que não foram consumidos podem ser abatidos no valor da conta, esses créditos tem até três anos para serem abatidos, se o crédito não for usado neste período, a concessionária de energia elétrica da cidade recebe esse crédito. A manutenção é simples, as placas solares precisam ser lavadas a cada 30 dias, caso não chova nesse período. As placas tem vida útil média de 25 anos. Água de reúso Gasto de água é um problema que não se aplica à ACIMG. Adepta do sistema de reúso de água, a Associação possui uma cisterna com capacidade para 18 mil litros. A água é destinada a ser usada em vasos sanitários e irrigação de jardim (aguar plantas). “A Associação gasta por dia mais de 700 litros de água, essa água é tratada e reservada para ser reutilizada em vasos sanitários, por exemplo. Esse sistema é prático e a água é reutilizada durante todo o ano”, comenta o superintendente. Cada litro dessa água reutilizada poupa 1 litro de água retirada da natureza. Reúso de água é um assunto tão importante que é um dos tópicos listados na Estratégia Global para Administração da Qualidade das Águas, proposta pela ONU (Organização das Nações Unidas). Coleta Seletiva Todo o lixo da ACIMG tem destino certo, a nomenclatura correta é resíduo reciclável seco e resíduo orgânico. Todo o lixo é devidamente separado e a Cooper 3R recolhe este material, sem custo para a Associação. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, na categoria resíduos recicláveis secos se enquadram: metais (aço e alumínio), papel, papelão, tetra pak, diferentes tipos de plásticos e vidros. Resíduos orgânicos são restos de alimentos e resíduos de jardim. Este último tipo não pode ser misturado com os resíduos que são recicláveis, pois o orgânico pode ser destinado à compostagem e se tornar adubo.