Saiba o que escolher ao oferecer um plano de saúde aos funcionários
Publicado em 18/05/2015
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Com a diminuição da oferta de planos de saúde familiares e individuais no mercado e a baixa qualidade da saúde pública, um bom plano de saúde empresarial é o benefício dos sonhos para os funcionários.
Segundo levantamento da Catho, consultoria de recrutamento, a assistência médica é o auxílio mais valorizado por 74,6% dos trabalhadores brasileiros.
“O empregado valoriza a assistência saúde por ser uma proteção que pode ser estendida a sua família”, diz Marcello Reicher, diretor da HQI, consultoria de gestão de saúde corporativa. “Oferecer o benefício também é uma boa forma de reter talentos e diminuir a rotatividade.”
Nos últimos anos, o mercado de saúde passou a olhar mais para as pequenas empresas. Muitas operadoras criaram os “planos pmes”, para empresas com três a 29 beneficiários. Mas é necessário tomar cuidado com algumas cláusulas contratuais para não cometer uma escolha equivocada.
Ouvimos empreendedores e consultores especializados em saúde corporativa para saber o que levar em consideração ao escolher um plano de saúde para os funcionários.
COMO ESCOLHER UM PLANO ADEQUADO
Por meio de uma pesquisa interna, o empreendedor pode conhecer as necessidades dos funcionários. O levantamento pode conter a faixa etária, sexo, local de residência, hospitais mais usados e doenças crônicas que mais os afetam.
“As informações vão ajudar a escolher um plano adequado ao perfil da empresa”, diz André Teixeira, da Brasil Benefícios, corretora de seguros especializada em pequenas e médias empresas.
Para empresas com unidades espalhadas pelo país ou com funcionários que viajam bastante, por exemplo, um plano de abrangência nacional pode ser uma opção. Empresas com muitas mulheres jovens ou homens casados que desejam ter filhos é recomendado um plano com obstetrícia.
QUAL É O CUSTO DO BENEFÍCIO
O valor da mensalidade do plano varia por diversos fatores. Os principais são a rede credenciada (hospitais, clínicas e médicos oferecidos), o padrão de acomodação (enfermaria ou apartamento) e a abrangência (nacional ou regional).
A idade média dos funcionários também pesa. “Uma população jovem e saudável custa bem menos do que profissionais maduros”, diz André Teixeira, da Brasil Benefícios.
Pesquisa da consultoria Towers Thompson, conduzida junto a 196 empresas, revelou um custo médio mensal por funcionário de R$ 164,05. Do montante, a empresa arca com 86%. Em média, o gasto com assistência médica representa 8,4% da folha salarial.
QUANDO PODE HAVER CARÊNCIAS
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula o mercado, informa que planos empresariais de 30 ou mais vidas não possuem carência. Para contratos com menos de 30 vidas, a carência é uma opção da operadora.
Os prazos variam de acordo com o procedimento. Casos de urgência e emergência podem ser realizados 24 horas após a contratação. Partos podem ter carência de 300 dias. Doenças e lesões pré-existentes chegam a ter carência de até dois anos.
COMO FUNCIONA A COPARTICIPAÇÃO
Coparticipação é uma percentagem que o funcionário paga para realizar consultas e exames. Geralmente, o valor fica entre 10% e 20% do procedimento.
Na maioria dos casos, a coparticipação não é cobrada em procedimentos complexos. “Ao pagar uma parte, o funcionário cria a consciência de usar o serviço somente quando for realmente necessário”, afirma Marcello Reicher, da consultoria HQI.
Diário do Comércio
Sobre o autor
Alberto Spoljarick Neto
Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.