Os novos desafios do comércio em debate no maior evento do setor
Publicado em 12/01/2015
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Os varejistas brasileiros tiveram de se adequar e vencer, nas últimas décadas, um punhado de desafios: conviver com a hiperinflação dos anos de 1970 e 80 e aprender a competir com redes internacionais na década seguinte. Familiarizar-se rapidamente com os hábitos de uma nova clientela quando a numerosa classe C emergiu no mercado de consumo e manter-se vigilantes ante os rigores de uma legislação em defesa dos consumidores.
Cada uma dessas etapas representou mudanças que somaram um acúmulo de conhecimentos e tornaram as empresas mais profissionalizadas e competitivas. Só que, em tempos recentes, o jogo mudou de maneira radical.
Em vez de mudanças originadas de ciclotimias da economia brasileira, os varejistas brasileiros passaram a enfrentar a transição impulsionada por uma onda tecnológica global tão poderosa para gerar prosperidade quanto ameaçadora, pela capacidade de demolir estruturas de comércio forjadas há séculos.
Uma de suas vertentes é o crescimento explosivo do comércio on-line, que no país movimentou R$ 35,8 bilhões em 2014, graças às encomendas de mais de 50 milhões de brasileiros.
Desde ontem (11), em Nova York, quando a National Retail Federation abriu sua 104ª convenção e feira anual, tidos como o maior evento do varejo mundial, alguns dos maiores especialistas e expoentes do negócio ganharam um fórum para debater as consequências da revolução virtual..
Para começar, ela criou uma inovadora mudança na experiência de varejo, que tudo afeta - da maneira como os consumidores pesquisam produtos à decisão de compra. Como reposicionar sua loja física em um cenário móvel que se tornou o centro da experiência do consumidor?
Uma pesquisa global da consultoria Deloitte, que será divulgada no evento, mostra que as tecnologias digitais influenciam atualmente 36% das vendas nas lojas O mesmo painel apontará caminhos que apontam aos empresários como ajustar tecnologias e estratégias a fim de tirar partido deste novo centro de experiência do cliente.
Não importa o porte da empresa, o lojista precisa estar cada vez mais equipado para ampliar sua capacidade de monitorar os desejos e os hábitos dos consumidores, cortar custos e operar com máxima eficiência. Quais são as ferramentas disponíveis e mais adequadas para o setor nas áreas de softwares e equipamentos para gerenciamento de estoques, marketing, vendas e gestão? O que já se sabe sobre as preferências dos consumidores em relação a canais e formatos de vendas? E a compra pela internet e por smartphones vai crescer a ponto de ameaçar as lojas físicas?
Respostas para tais questões não são fáceis, até porque definir exatamente os fatores que influenciam o cliente a escolher uma marca ou um canal de venda em vez de outro sempre representou um enigma a ser decifrado.
Diário do Comércio
Sobre o autor
Alberto Spoljarick Neto
Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.