Nem o Dia das Mães deve salvar as vendas no segundo trimestre

Publicado em 10/04/2015

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Aparentemente, nem o Dia das Mães, a segunda melhor data em vendas para o varejo, vai salvar as vendas no segundo trimestre de 2015. Pesquisa do Provar (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com o Ibevar (Instituto de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo) e pela Felisoni Consultores Associados, confirma: o percentual de consumidores que pretendem comprar bens duráveis no período é de 46,6%. O levantamento, realizado em março com 500 paulistanos e divulgado nesta quarta-feira (8), revela que o indicador é o menor desde igual período de 2004, quando ficou em 45,1%. Comparado ao primeiro trimestre de 2015, quando ficou em 49,6%, o indicador caiu três pontos percentuais. Ante o segundo trimestre de 2014, a queda foi ainda maior (6,6 pontos), já que o índice fechou em 53,2%. O cenário pessimista de inflação, insegurança no emprego, juros altos e restrição do crédito são os responsáveis pelo resultado, afirma Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do Provar/FIA. O segundo trimestre sempre apresenta elevação em relação aos primeiros meses do ano. Mas não esperamos um bom indicativo de vendas para essa data (o Dia das Mães) no varejo”, diz, ao lembrar que a projeção é de 1,5% de queda nas vendas no período. Olhando mais de perto, o comprometimento da renda das famílias ainda é alto, com sobra de apenas 6,1% para novos gastos, aponta a pesquisa do Provar. O crediário ocupa o maior espaço, com 23,1% do total. Alimentação fica com 19%, seguida por habitação (12,6%), transportes (8,3%) e saúde e cuidados pessoais (4%). Vestuário ficou em último, com 3,4%. Na prática, o consumidor tem diversificado locais de compra para gastar menos, segundo levantamento da Nielsen sobre hierarquia das decisões. Em busca do melhor preço, atacarejos têm sido a opção de 44% das famílias, mas 5% já procuram reduzir as idas ao ponto de venda - inclusive para comprar alimentos. “O consumo hoje é mais qualificado, e o consumidor não quer perder essa ‘conquista’. Mas evita compras por impulso e tem dado um passo atrás nas marcas para se readequar ao momento”, diz Olegário Araújo, diretor de atendimento para atacado e varejo da Nielsen. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.