Confiança do consumidor cai quatro pontos
Publicado em 10/10/2013
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O INC varia entre 0 e 200 pontos, sendo que 200 representa o otimismo máximo. Entre 100 e 200, está a região do otimismo; abaixo disso, o cenário é de pessimismo. Portanto, apesar de o INC estar em patamar baixo em setembro, a marca de 135 pontos faz parte do campo do otimismo (acima de 100 pontos).
Há um ano, as expectativas sobre o futuro eram mais otimistas na ótica do consumidor: em setembro de 2012, o INC registrou 158 pontos. Na época, esperava-se por uma recuperação da economia, o que não se confirmou após o anúncio do resultado do PIB de 2012, com crescimento de apenas 0,9%. “A confiança do consumidor permanece no campo otimista (acima de 100 pontos), mas ele está cauteloso porque a economia não apresentou uma recuperação mais consistente. Esse cenário exige maior atenção na condução da política econômica para não comprometer a retomada”, diz Rogério Amato, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Em 2013, com as manifestações populares que começaram em junho, o consumidor passou a ter consciência de que a situação econômica não era positiva, o que fez o INC cair. Em abril, o índice marcou 156 pontos; em maio, 153; em junho, despencou para 138 pontos. Em julho, ficou em 137 pontos. Em agosto, subiu dois pontos (139).
Essa queda se deve à recuperação lenta da economia, resultando em maior cautela por parte do consumidor brasileiro.
O INC é obtido a partir de mil entrevistas domiciliares realizadas todos os meses, em nove regiões metropolitanas e em 70 cidades do interior brasileiro. A margem de erro é três pontos. O índice mede a confiança e a segurança do brasileiro quanto à sua situação financeira ao longo do tempo. Indica a percepção do estado da economia para a população em geral e também visa a prever o comportamento do consumidor no mercado.
Classes
Em setembro, a classe C continuava a mais otimista, apesar do declínio – o INC foi de 144 pontos em agosto para 140 em setembro. Em seguida vem o grupo das classes D e E, com leve baixa (de 128 pontos em agosto para 126 em setembro). O grupo das classes A e B permanece com 125 pontos
Compras
Os que estavam à vontade em setembro para comprar eletrodomésticos eram 42% em setembro ante 45% em agosto e 48% há um ano. Quanto aos bens de maior valor, a disposição das pessoas para esse tipo de compra (casas, carros) permaneceu desfavorável em setembro, com 39% dos consumidores menos à vontade em setembro contra 29% mais à vontade.
Fonte: Associação Comercial de São Paulo
Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto
Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.