Confiança do consumidor cai novamente em outubro
Publicado em 16/11/2015
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O INC (Índice Nacional de Confiança) da Associação Comercial de São Paulo registrou 74 pontos em outubro, cinco a menos do que o registrado em setembro.
É menor pontuação desde que a pesquisa começou a ser elaborada, em abril de 2005. Trata-se da quinta mínima histórica consecutiva.
No INC, os valores entre 100 e 200 pontos apontam otimismo. O intervalo de zero a 100 indice pessimismo. Em outubro de 2014, o INC foi de 148 pontos, isto é, houve uma queda de 50% na pontuação de um ano para outro.
"A raiz do problema está na área política, que não consegue resolver a questão fiscal, piorando o cenário macroeconômico e afastando investimentos. Por isso, é cada vez mais urgente que todos se unam para encontrar um caminho de saída para a crise", diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo).
A confiança do consumidor paulista permanece em patamar mais baixo em relação ao Brasil, com 68 pontos em outubro contra 73 em setembro.
SUL TEM O PIOR RESULTADO
Melhorou a confiança de quem mora nas regiões Sudeste e Norte/Centro Oeste. Na Sudeste, o INC saiu de 72 pontos em setembro para 75 em outubro. Na Norte/Centro Oeste, de 77 para 79 pontos.
A região Sul, por sua vez, apresentou o pior resultado.
O INC da região chegou a 55 pontos ante 77 em setembro. As justificativas para esse desempenho são as condições climáticas desfavoráveis (chuvas em excesso), severas dificuldades financeiras do poder público local e enfraquecimento da indústria - a região Sul amargou a maior queda industrial em setembro em relação às demais regiões brasileiras, de acordo com o IBGE.
A confiança na região Nordeste caiu de 87 pontos em setembro para 79 em outubro.
CLASSES
Todas as classes socioeconômicas apresentaram queda na confiança de setembro para outubro. Na classe D/E, a queda foi de 84 para 83 pontos. Na C, de 80 para 73 pontos e, na A/B, de 69 para 64 pontos.
CONSUMO E EMPREGO
De acordo com o INC de outubro, 54% dos brasileiros avaliam como ruim a sua situação financeira atual. O mesmo percentual também se sente inseguro em seus empregos.
Em consequência, 64% dos entrevistados estão menos à vontade para comprar eletrodomésticos e móveis. Ao mesmo tempo, 66% não estão à vontade para adquirir casa ou carro.
"Resta ao comércio trabalhar em cima dos 36% que estão indecisos ou seguros para comprar eletrodomésticos e móveis e dos 34% que aceitariam investir em um imóvel ou automóvel. O que os empresários não podem é se abater com a situação. É preciso investir em ferramentas de marketing e aproveitar as oportunidades da época de fim de ano", afirma Alencar Burti.
Sobre o autor
Alberto Spoljarick Neto
Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.