Alimentos ficam mais baratos no varejo, mas elevam inflação no atacado

Publicado em 16/09/2015

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Os alimentos ficaram mais baratos no varejo e, com isso, foram a principal fonte de alívio na inflação ao consumidor em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). A trégua nos reajustes em tarifas de energia elétrica também contribuiu para o arrefecimento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que avançou 0,61% em setembro, após subir 0,34% em agosto. Trata-se de um resultado ainda parcial para o mês. Ao todo, três das oito classes de despesa desaceleraram na passagem de agosto para setembro, mas o destaque ficou mesmo com o grupo da Alimentação (0,61% para -0,33%). Nesta classe de despesa, vale mencionar as hortaliças e legumes que foram de -0,63% para -12,14%. Só o tomate ficou 18,83% mais barato, enquanto os preços da cebola caíram 16,45%, e os da batata tiveram queda de 15,89%. Também perderam força os grupos Habitação (0,72% para 0,33%) e Educação, Leitura e Recreação (0,24% para -0,02%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens tarifa de eletricidade residencial (2,59% para -0,40%) e salas de espetáculo (1,78% para -0,17%). Em contrapartida, aceleraram os grupos Transportes (0,01% para 0,36%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,58% para 0,65%), Comunicação (0,17% para 0,36%), Despesas Diversas (0,13% para 0,21%) e Vestuário (-0,16% para -0,14%). Nestas classes de despesa, destacaram-se os itens tarifa de ônibus urbano (-0,19% para 0,94%), perfume (0,38% para 1,58%), mensalidade para TV por assinatura (1,19% para 2,06%), alimentos para animais domésticos (0,28% para 1,39%) e cintos e bolsas (-2,36% para 0,05%), ATACADO Por outro lado, os preços de alimentos in natura aceleraram na passagem de agosto para setembro, o que levou a inflação no atacado a ganhar força neste mês. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,82%. Entre os bens finais (-0,58% para 0,10%), o principal impacto veio do subgrupo alimentos in natura, cujos preços caíram 3,26% em setembro, menos do que a queda de 6,35% no mês anterior. Já nos bens intermediários (0,70% para 0,94%), três dos cinco subgrupos apresentaram aceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura (0,80% para 1,21%). O índice do grupo matérias-primas brutas subiu 1,56%, contra avanço de 0,66% em agosto. Contribuíram para a aceleração do grupo os itens bovinos (-2,74% para -0,93%), café (em grão) (1,16% para 6,70%) e cana-de-açúcar (-1,61% para 0,09%). Em sentido inverso, destacaram-se os itens soja em grão (6,79% para 4,37%), milho em grão (5,07% para 2,24%) e minério de alumínio (3,35% para 1,90%). Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.